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Programa ‘Bem Estar’ tira dúvidas sobre o diabetes e cita o perigo da gordura abdominal

O programa “Bem Estar”, da Rede Globo, dedicou na última segunda-feira toda sua edição ao tema diabetes. Com a participação de endocrinologistas renomados, o programa abordou vários aspectos da doença que também vem sendo alertados pela campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”.

A necessidade de uma reeducação alimentar (a maneira como você se relaciona com as refeições), da adoção de exercícios  físicos e a atenção ao diagnóstico precoce foram temas muito abordados no “Bem Estar”. O programa deixou claro também que é um mito acreditar que apenas o grande consumo de açúcar causa o diabetes. O importante para evitar a doença é evitar o ganho de peso, a vida sedentária e ficar atento a fatores como genética (parentes próximos diabéticos).

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Dentro destas abordagens, ficou claro que o ganho de gordura abdominal é um dos grandes fatores de risco para o surgimento do diabetes tipo 2. “Ganhar peso, em especial nesta área abdominal, pode levar ao diabetes”, afirmou o doutor Alfredo Halpern.

Por falar na campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o programa mostrou também uma importante ação do projeto: a presença de artistas-esportistas nas ruas alertando a população sobre a necessidade de atividades físicas.

Com o auxílio de uma fita métrica, voluntários mediram a circunferência abdominal e foram informados se estão ou não em grupos de risco. Vale lembrar que, independentemente de qualquer condição física ou genética, todas as pessoas a partir dos 40 anos devem fazer exames periódicos para se prevenir do diabetes.

Bastante amplo e abrangente, o programa alertou também sobre a necessidade do controle da doença a fim de evitar complicações de saúde, como problemas nos rins, nos olhos (retinopatia) e membros inferiores (pé diabético).

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Conheça melhor as insulinas à disposição dos diabéticos

Todos os portadores de diabetes tipo 1, e alguns grupos de portadores de diabetes tipo 2 precisam fazer aplicações de insulina por meio de seringas, canetas ou aparelhos conhecidos como bombas de insulina.

A utilização da insulina tem de ser feita por meio de aplicações subcutâneas porque os sucos digestivos presentes no estômago interferem na eficácia do hormônio (o que inviabiliza a utilização de tal hormônio em pílulas ou cápsulas).

Desenvolvidos em laboratório, os diferentes tipos de insulina disponíveis no mercado se assemelham muito com o hormônio produzido pelo pâncreas e, em geral, são classificados levando-se em conta o tempo que demoram para entrar em ação e o pico de aproveitamento pelo organismo.

A importância deste tempo para entrar em ação e chegar ao pico de aproveitamento busca reproduzir os dois tipos de insulina fabricados pelo pâncreas: bolus e basal. A insulina basal é produzida por meio de gotas contínuas e fica presente no organismo o tempo todo. Já a bolus é aquela produzida em grande quantidade, quando há aumento de açúcar no sangue (o que ocorre após as refeições, por exemplo).

Os portadores de diabetes tipo 1 precisam tanto da insulina basal quanto da bolus, e por isso as aplicações devem seguir um programa terapêutico determinado pelo médico. Já os portadores de diabetes tipo 2 possuem necessidades variáveis.

Confira abaixo alguns tipos de insulina presentes no mercado:

1 – De ação ultrarrápida

Demoram de 5 a 15 minutos para entrar em ação, com pico entre 30 e 60 minutos. Têm duração no organismo de 3 a 5 horas.

2 – De ação rápida

Demoram 30 minutos para entrar em ação, com pico entre 2 e 3 horas. Têm duração no organismo de 3 a 6 horas.

3 – De ação intermediária

Demoram de 2 a 4 horas para entrar em ação, com pico entre 4 e 12 horas. Têm duração no organismo de 12 a 18 horas.

4 – De ação lenta

Demoram de 1 a 2 horas para entrar em ação, com pico entre 6 e 8 horas. Têm duração no organismo de até 24 horas.

5 – Pré-misturada

Demoram 30 minutos para entrar em ação, com pico entre 2 a 4 horas. Têm duração no organismo de 22 a 24 horas.

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Aplicação da insulina faz parte do cotidiano, mas exige alguns cuidados

A aplicação correta da insulina é fundamental para o bom controle do diabetes tipo 1 e alguns grupos do diabetes tipo 2. Por se tratar de uma aplicação subcutânea, de início tal necessidade assusta os diabéticos. O mesmo vale para os pais de crianças que passam a necessitar de tais aplicações diariamente.

Porém, a orientação do médico e a prática diária logo transformam a dificuldade inicial em mais um ato cotidiano e descomplicado. Isso sem falar que existem no mercado diversos modelos de seringas, canetas (e respectivas agulhas) capazes de se ajustar melhor ao tipo físico de cada paciente.

O importante é que a aplicação seja subcutânea (camada abaixo da pele). Nesta região ocorre da melhor maneira a absorção da insulina pelo organismo. Aplicações musculares, além de doloridas, fazem com que a insulina seja absorvida muito rapidamente – o que pode levar à hipoglicemia. Já se a aplicação ocorrer na epiderme (camada superior da pele), a absorção da insulina vai ser mais lenta, o que pode causar uma hiperglicemia.

Para garantir que a aplicação ocorra na área subcutânea, é fundamental escolher corretamente o tamanho da agulha e cuidar para que a seringa ou a caneta esteja em um ângulo correto. O tamanho da agulha costuma ser determinado pelo tipo físico do paciente, e o médico pode ajudá-lo nesta questão.

Em geral, são quatro as regiões do corpo mais indicadas para a aplicação de insulina: abdômen, parte traseira superior dos braços, nádegas e parte exterior das coxas.

Antes das aplicações, lave as mãos e passe álcool 70% no local da injeção. É muito importante também fazer um rodízio entre os locais de aplicação para evitar a formação de caroços ou depósitos de gordura. Essas lesões, além de doloridas, afetam a absorção correta da insulina.

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Diabético deve mudar os hábitos para se prevenir da retinopatia

Se você tem diabetes, em especial se é portador da doença há muitos anos, deve redobrar os cuidados quanto ao surgimento da retinopatia diabética.

Parar de fumar, passar a fazer atividades físicas regularmente e adotar uma dieta saudável e balanceada são medidas fundamentais para evitar o surgimento ou o agravamento da retinopatia. Também é necessário tomar com disciplina os medicamentos voltados para o controle do diabetes e de outros problemas de saúde, como hipertensão ou colesterol elevado.

A retinopatia aparece por conta do aumento dos níveis de glicose nos pequenos vasos sanguíneos que irrigam a parede da retina. As lesões provocadas pela doença são definitivas e podem levar à cegueira. Porém, o diagnóstico precoce é capaz de controlar o avanço e garantir que o paciente mantenha a saúde da visão.

Cada vez mais, o endocrinologista (médico que trata o diabetes) deve manter uma fina sintonia com o oftalmologista (médico que irá realizar os exames capazes de detectar a retinopatia). Afinal, todo paciente diabético deve fazer consultas regulares ao oftalmologista, em especial os que convivem com a doença há mais de 25 anos.

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SUS deve distribuir medicamentos e materiais necessários ao controle

Percebemos que muitos portadores de diabetes e seus parentes, que seguem as notícias da campanha “Diabetes: Mude Seus Valores” no site e no Facebook possuem dúvidas sobre o atendimento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS).

De início, adiantamos que sim, o diabetes conta com cobertura do SUS no que diz respeito sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à aplicação de insulina e monitoração da glicemia capilar. Este atendimento é garantido pela Lei nº 11.347, de 27 de setembro de 2006.

Ou seja, remédios, insulina, agulhas, glicosímetro, fitas reagentes e lancetas têm distribuição gratuita prevista pelo Ministério da Saúde.

Para ser atendido, o portador de diabetes deve se inscrever em algum programa de educação voltada para o diabético. Na prática, a pessoa precisa ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência e se cadastrar como paciente de diabetes do SUS ou do Sistema de Informação em Hipertensão e Diabetes (Hiperdia).

Ainda no posto de saúde, o portador de diabetes deve pedir os medicamentos necessários para o tratamento, sem se esquecer de apresentar a receita assinada pelo médico responsável pelo tratamento.

Direitos

Vale lembrar ainda que o portador de diabetes tem o direito de participar normalmente de concursos públicos. E, se for aprovado, sua contratação só pode deixar de ser efetivada se restrições ao diabetes constarem do edital de convocação do concurso.

O mesmo vale para empregos fora da esfera pública. A não contratação ou a demissão de um diabético só são justificados se o emprego envolver riscos ao diabético ou a terceiros.

Se o diabético sentir discriminação no ambiente de trabalho, deve consultar um advogado.

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Contagem de Carboidratos possibilita uma alimentação mais rica aos diabéticos

Matemática e alimentação combinam? Sim, e são muito bem-vindas nas refeições dos diabéticos! Graças a um método conhecido como Contagem de Carboidratos, os portadores de diabetes mellitus ganharam ainda mais opções para a manutenção de uma dieta saudável, equilibrada e saborosa.

Como o próprio nome indica, a Contagem de Carboidratos é uma estratégia nutricional na qual são contabilizados os gramas de carboidratos consumidos nas refeições e lanches. O objetivo, claro, é manter a glicemia dentro dos limites.

E por que a contagem diz respeito apenas aos carboidratos? É que este nutriente tende a ter o maior efeito na taxa glicêmica. Por falar nisso, antes de prosseguirmos é bom conhecermos melhor os carboidratos.

A maior parte dos carboidratos que ingerimos vem de quatro grupos de alimentos: grupo do pão (arroz, batata, mandioca, milho, massas, biscoitos doces/salgados e cereais); grupo das frutas (todas elas); grupo do leite (e seus derivados) e grupo dos vegetais.

Em geral, o diabético tende sempre a fugir de muitos dos alimentos citados acima, já que vários deles são sinônimos de açúcares. Porém, quando você aplica a Contagem de Carboidratos, passa a contar com uma maior variedade de alimentos e a controlar sua glicemia com mais precisão.

A contagem pode ser utilizada por qualquer pessoa com diabetes, e é muito útil e até indispensável para os que aplicam múltiplas doses de insulina. Afinal, as dosagens podem ser ajustadas baseadas no que cada pessoa consome durante a refeição.

Condições

Antes de aplicar a Contagem de Carboidratos na sua dieta, é preciso atenção para algumas condições indispensáveis: ter o acompanhamento de um endocrinologista e de um nutricionista com experiência no diabetes e na contagem; anotar com disciplina todos os alimentos consumidos e suas porções para verificar a quantidade de carboidrato que está sendo ingerida; passar a medir a glicemia mais vezes e em diferentes horários para saber a resposta individual dos alimentos; ter motivação para adotar e se acostumar com o método.

Só com essas medidas será possível balancear corretamente sua alimentação com a manutenção de uma taxa glicêmica correta.

Ah, e não se esqueça: a Contagem de Carboidratos não é um remédio que vai permitir que você passe a comer massas e doces sem consequências! É preciso manter uma dieta rica em nutrientes, sem deixar nenhuma família de alimentos fora do prato.

Ficou curioso para saber como funciona a contagem? Veja um exemplo:

2 fatias de pão de forma: 24g de carboidrato
1 colher de chá de margarina light: 0 carboidrato
1 copo de iogurte light: 15g de carboidrato
1 banana pequena: 15g de carboidrato
Total: 54g de carboidrato

Em geral, para cada 15g de carboidrato, recomenda-se 1 UI (unidade de insulina). Mas essa proporção não é a mesma para todos, pois algumas pessoas necessitam de doses maiores do hormônio.

A quantidade de carboidratos que pode ser consumida diariamente também varia de pessoa para pessoa, bem como a sua distribuição ao longo do dia. O nutricionista que o acompanha definirá a quantidade de carboidratos das refeições e lanches com base em informações como: idade, peso/altura, quando e quanto realiza atividade física; medicamentos para tratar o diabetes e metas de peso, entre outros.

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Glicosímetro é aliado do diabético, mas exige cuidados para manter a precisão

Grande aliado dos portadores de diabetes mellitus, em especial os insulino-dependentes, o glicosímetro propicia uma medição segura da taxa de glicemia ao longo do dia. Com o advento e a modernização frequente de tal aparelho, houve melhora significativa na qualidade de vida do indivíduo com diabetes.

Por meio das taxas medidas pelo glicosímetro, o paciente diabético pode acertar com segurança a dosagem de insulina a ser utilizada no dia-a-dia. Desde momentos de jejum quanto antes e depois das refeições ou na prática de atividades físicas.

Porém, é necessário atenção com algumas dicas e cuidados para que o glicosímetro não passe de aliado a vilão. A confiabilidade do fabricante, o uso correto do aparelho e de seus acessórios são imprescindíveis para evitar medidas incorretas da taxa de glicose.

Também conhecidos como “sistemas portáveis de monitorização da glicose”, os glicosímetros leem a concentração de glicose em uma amostra de sangue obtida por meio da punção dos dedos das mãos. Tal amostra é conhecida como “sangue capilar”.

O pequeno furo no dedo é feito por uma lanceta, e o sangue recolhido é depositado em uma fita reagente. Tal fita é inserida no glicosímetro, que consegue ler a taxa de glicose com bastante precisão. São toleradas pequenas variações na precisão, mas que devem respeitar especificações internacionais.

É preciso muita atenção com a qualidade das fitas reagentes. Confiabilidade do fabricante, prazo de validade e armazenamento correto são cuidados indispensáveis. A não observância de um destes fatores pode comprometer a leitura do glicosímetro e levar a medidas erradas por parte do diabético.

O paciente também deve observar cuidados importantes, como lavar bem as mãos antes de fazer a medição. Afinal, restos de alimentos ou corantes podem se misturar à fita reagente e alterar o resultado.

O uso de alguns medicamentos também pode alterar a análise do glicosímetro, por isso é interessante informar o médico quando fizer uso de outras medicações.

Infelizmente, há relatos recentes de glicosímetros cujos resultados são pouco confiáveis e ainda assim foram distribuídos à população pelo poder público. É muito importante conversar com seu médico a respeito das marcas mais confiáveis e, caso seja do seu interesse, procurar por elas nos postos de saúde.

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14 de novembro: o mundo unido no combate ao diabetes! Conheça nossas ações

Hoje, 14 de novembro, é Dia Mundial do Diabetes. Dia de todos, governos e população, se conscientizarem da importância de combater esta doença, que atinge mais de 371 milhões de pessoas no mundo todo e que, infelizmente, passa por uma tendência de crescimento. No Brasil, já são mais de 13,4 milhões de diabéticos.

Ciente de tal responsabilidade, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) organizou uma série de ações para não deixar o dia passar em branco. Por falar em branco, vale lembrar que a cor do movimento de combate ao diabetes é o azul.

Por conta disso, diversos pontos turísticos do Rio de Janeiro adotarão neste dia 14 uma iluminação azul. A começar pelo Cristo Redentor, passando também pelo estádio do Maracanã.

A principal ação na Cidade Maravilhosa vai ocorrer em outro conhecido ponto turístico da cidade: o Pão de Açúcar. Neste dia 14, o local vai passar a se chamar excepcionalmente “Pão Sem Açúcar”. No local, haverá campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce da doença, e os visitantes serão convidados a medir a taxa de glicemia.

Já à noite, no Maracanã iluminado de azul, a equipe do Fluminense vai entrar em campo para o jogo contra o Náutico exibindo uma faixa alusiva ao Dia Mundial do Diabetes.

O Dia Mundial do Diabetes, comemorado sempre em 14 de novembro, existe desde 1991 e foi criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução considerando o diabetes um problema de saúde pública mundial. A ONU conclama todos os países a divulgarem este dia como data de alerta pelo crescimento da doença.

A campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”, também da SBD, se mantém firme no alerta à população de que a adoção de um dieta equilibrada e saudável, o abandono do tabagismo e a prática de exercícios físicos regulares são fundamentais no combate ao diabetes.

Maioria da população desconhece os benefícios de hábitos saudáveis no combate ao diabetes

A campanha “Diabetes – Mude Seus Valores” já começou, com um grande e nobre objetivo em mente: conscientizar a população de que a adoção de hábitos saudáveis é medida fundamental para a prevenção e o controle do diabetes.

O lançamento da campanha, dia 22 de outubro, foi marcado também pela divulgação de uma inédita pesquisa IBOPE encomendada pela Sociedade Brasileira de Diabetes. O resultado da pesquisa mostra que a maioria das pessoas (87%) ainda acredita que apenas evitar o consumo de açúcar é suficiente para evitar o diabetes tipo 2.

Segundo a SBD, tal percepção é um antigo mito e dificulta o tratamento. “Não existem alimentos que causem diabetes. O fator mais relevante é a obesidade. Uma alimentação inadequada predispõe o desenvolvimento da doença”, explicou Luiz Turatti, vice-presidente da SBD e coordenador da campanha. “Os carboidratos são a fonte principal de energia, mas há os bons e os ruins. O açúcar refinado é considerado de absorção rápida e não é recomendado. Uma fatia de pão integral, por outro lado, não eleva a glicemia de maneira tão brusca”, disse.

Como diz o tema da campanha (Diabetes – Mude Seus Valores), o fundamental para evitar e controlar o diabetes é cuidar da alimentação, praticar atividade física e parar de fumar. O problema é que tais hábitos ainda não são reconhecidos pela população como medidas para prevenir o diabetes tipo 2. Apenas 28% dos entrevistados relacionaram atividades esportivas ao controle da doença e 72% não identificaram o tabagismo como fator de risco.

A pesquisa ouviu 1.106 pessoas, de 18 a 60 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife).

Embora tais mudanças de hábitos ainda sejam desconhecidas no tratamento da doença, os entrevistados reconhecem a gravidade do diabetes. A maioria (93%) declarou saber que a doença pode levar à morte e 70% disseram que a doença não tem cura. As formas de tratamento mais citadas foram dieta alimentar (65%), uso de medicamentos (53%) e de insulina (45%).

“Pesquisas mostram que a mudança de estilo de vida para pessoas com tendência ou com pré-diabetes é o que mais contribui para que não haja progressão da doença”, destaca o presidente da SBD, Balduino Tschiedel.
Entre as consequências mais comuns da doença, a amputação foi relatada por 91% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a cegueira (89%) e problemas de circulação (79%). “Essa é a principal causa de novos casos de cegueira em pessoas com 20 a 74 anos. E pelo menos 50% das amputações de membros inferiores são resultado da doença”, informou Tschiedel. O diabetes também, aumenta de duas a quatro vezes o risco de um acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, entre 2000 e 2010, o transtorno matou mais de 470 mil pessoas. Atualmente, são mais de 13,4 milhões de pessoas com diabetes do tipo 2, especialmente pessoas obesas acima de 40 anos. Nesse tipo de diabetes, que corresponde a 90% dos casos, há insulina, porém a ação é dificultada pela obesidade.
Pessoas com histórico familiar de diabetes, que tenham uma vida sedentária, que já apresentem sobrepeso ou obesidade e mulheres que tenham tido diabetes na gestação fazem parte do grupo de risco. A doença costumar apresentar poucos sintomas, por isso muitos portadores desconhecem essa condição. Entre os sintomas mais comuns estão urinar excessivamente, muita sede, aumento do apetite, perda de peso, cansaço, vista embaçada e infecções frequentes.

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Aplicativos auxiliam diabéticos na manutenção de uma dieta saudável

O cuidado com a nutrição entre os portadores de diabetes é fundamental e, por isso, deve ter como foco o preparo de pratos individualizados e práticos. O plano alimentar do diabético deve se concentrar nas necessidades nutricionais e no estilo de vida a fim de alcançar bons resultados clínicos e metabólicos.

Neste sentido, aliar as orientações do nutricionista ao uso de aplicativos de nutrição disponíveis para tablets, Iphones e androids é uma medida que pode ajudar na continuidade do plano nutricional.

Tais aplicativos permitem, por exemplo:

– acessar um banco de dados de grupos e tabelas nutricionais, auxiliando na substituição de alimentos;

– auxílio na contagem de carboidratos;

– simular as refeições antes do consumo para orientar as decisões;

– incluir informações sobre novos alimentos fornecidos pelo nutricionista;

– alertar para os horários das refeições;

– envio dos registros para avaliação do profissional durante a consulta de nutrição.

No mundo atual, repleto de atividades e “correria”, o uso de aplicativos com foco na nutrição tem sido cada vez mais recomendado. Um dos pontos positivos do uso desta tecnologia, citado por profissionais, tem sido o estímulo contínuo proporcionado pela ferramenta junto ao paciente.

Alguns aplicativos bastante utilizados são: Dieta e Saúde, Avanutri, Nutrabem e Tecnonutri. Porém, converse com seu médico e/ou nutricionista a fim de avaliar a utilização de tal ferramenta, assim como a que melhor se encaixa com o seu perfil.

E tenha em mente que tais aplicativos jamais devem substituir o contato direto com os profissionais da saúde. Eles devem ser encarados como ferramentas que facilitam e estimulam a manutenção da dieta saudável.