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Diabético deve mudar os hábitos para se prevenir da retinopatia

Se você tem diabetes, em especial se é portador da doença há muitos anos, deve redobrar os cuidados quanto ao surgimento da retinopatia diabética.

Parar de fumar, passar a fazer atividades físicas regularmente e adotar uma dieta saudável e balanceada são medidas fundamentais para evitar o surgimento ou o agravamento da retinopatia. Também é necessário tomar com disciplina os medicamentos voltados para o controle do diabetes e de outros problemas de saúde, como hipertensão ou colesterol elevado.

A retinopatia aparece por conta do aumento dos níveis de glicose nos pequenos vasos sanguíneos que irrigam a parede da retina. As lesões provocadas pela doença são definitivas e podem levar à cegueira. Porém, o diagnóstico precoce é capaz de controlar o avanço e garantir que o paciente mantenha a saúde da visão.

Cada vez mais, o endocrinologista (médico que trata o diabetes) deve manter uma fina sintonia com o oftalmologista (médico que irá realizar os exames capazes de detectar a retinopatia). Afinal, todo paciente diabético deve fazer consultas regulares ao oftalmologista, em especial os que convivem com a doença há mais de 25 anos.

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Retinopatia Diabética

Uma das principais complicações do Diabetes Mellitus, e que pode levar à cegueira, a retinopatia diabética provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a retina (parte de trás dos olhos, onde são registradas as imagens). Ela ocorre por conta do nível alto de açúcar no sangue, o que compromete esses pequenos vasos.

Calcula-se que até 80% dos pacientes que tenham diabetes há 25 anos ou mais sejam atingidos pela retinopatia.

Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando uma hemorragia que pode levar ao descolamento da retina e à perda da visão. Por isso, é fundamental que os portadores de diabetes façam exames específicos com o oftalmologista a fim de detectar precocemente a retinopatia.

Tipos

Existem dois tipos de retinopatia diabética, a não proliferativa e a proliferativa. A proliferativa, menos agressiva, pode provocar uma perda discreta e moderada da visão. Ela ocorre quando surgem pequenas hemorragias na retina, que provocam edemas. Tais edemas podem atingir a mácula, região da retina responsável pela visão central.

Já na proliferativa, ocorre o aparecimento de novos vasos sanguíneos, que surgem para substituir áreas da retina que perderam irrigação. Como são “anormais”, esses vasos se rompem com facilidade, podendo levar à perda total da visão por conta do descolamento da retina e hemorragias. Este tipo de retinopatia é menos comum, mas muito mais agressivo e prejudicial.

Diagnóstico

O diagnóstico de retinopatia deve ser feito por um oftalmologista. São feitos exames especializados como o do fundo de olho, mapeamento e angiografia da retina.

Como é uma doença de difícil percepção e que não provoca dores, é fundamental que todo diabético realize consultas oftalmológicas regulares. Tal cuidado deve ser redobrado entre os pacientes que tenham diabetes já há muitos anos. O mesmo vale para gestantes diabéticas, que devem fazer exames oftalmológicos a cada trimestre da gravidez.

Sintomas

Na grande maioria das vezes, não há sintomas. Havendo sangramento na retina podem surgir algumas manchas ou pontos escuros na visão. Em geral o sintoma mais comum é a vista embaçada.

Mas a perda visual pode ser um sintoma muito tardio, por isso o importante é não esperar.

Tratamento

Quando a doença já está instalada (em especial na fase proliferativa) o tratamento é feito com laser, conhecido como panfotocoagulação. Nesse tratamento, os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem oxigenação são fotocoagulados. Normalmente, são necessárias duas ou mais sessões de aplicação a laser. Caso haja hemorragia grave, pode ser necessário um procedimento cirúrgico chamado vitrectomia, para remover o sangue do olho.

Vale lembrar que o tratamento não restitui a perda visual, mas é eficaz para evitar o progresso da doença.

Como evitar

A retinopatia, assim como o diabetes, exige que o paciente adote hábitos saudáveis a fim de manter a glicemia sob controle. Parar de fumar, abandonar o sedentarismo e adotar uma dieta equilibrada são medidas fundamentais para evitar o surgimento ou o agravamento da doença.

O uso dos medicamentos necessários ao tratamento do diabetes e outras situações, como a pressão alta e o colesterol elevado, também é indicado.

E vale ressaltar a necessidade de consultas oftalmológicas regulares para todos os diabéticos, a fim de detectar qualquer alteração na visão precocemente.