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14 de novembro: o mundo unido no combate ao diabetes! Conheça nossas ações

Hoje, 14 de novembro, é Dia Mundial do Diabetes. Dia de todos, governos e população, se conscientizarem da importância de combater esta doença, que atinge mais de 371 milhões de pessoas no mundo todo e que, infelizmente, passa por uma tendência de crescimento. No Brasil, já são mais de 13,4 milhões de diabéticos.

Ciente de tal responsabilidade, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) organizou uma série de ações para não deixar o dia passar em branco. Por falar em branco, vale lembrar que a cor do movimento de combate ao diabetes é o azul.

Por conta disso, diversos pontos turísticos do Rio de Janeiro adotarão neste dia 14 uma iluminação azul. A começar pelo Cristo Redentor, passando também pelo estádio do Maracanã.

A principal ação na Cidade Maravilhosa vai ocorrer em outro conhecido ponto turístico da cidade: o Pão de Açúcar. Neste dia 14, o local vai passar a se chamar excepcionalmente “Pão Sem Açúcar”. No local, haverá campanha de conscientização sobre o diagnóstico precoce da doença, e os visitantes serão convidados a medir a taxa de glicemia.

Já à noite, no Maracanã iluminado de azul, a equipe do Fluminense vai entrar em campo para o jogo contra o Náutico exibindo uma faixa alusiva ao Dia Mundial do Diabetes.

O Dia Mundial do Diabetes, comemorado sempre em 14 de novembro, existe desde 1991 e foi criada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF). Em 2007, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou resolução considerando o diabetes um problema de saúde pública mundial. A ONU conclama todos os países a divulgarem este dia como data de alerta pelo crescimento da doença.

A campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”, também da SBD, se mantém firme no alerta à população de que a adoção de um dieta equilibrada e saudável, o abandono do tabagismo e a prática de exercícios físicos regulares são fundamentais no combate ao diabetes.

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Brasil é o quarto país com maior número de portadores de diabetes no mundo

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil possui 13,4 milhões de portadores de diabetes entre os 20 e os 79 anos de idade. Isso faz do país o quarto do mundo com maior prevalência da doença. Os dados fazem parte da mais recente edição do Atlas da entidade, divulgado no final de 2012.

Ainda segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes, no mundo todo são quase 400 milhões de pessoas com a doença na mesma faixa etária e a tendência é de crescimento. Infelizmente, segundo os dados divulgados, 50% dessas pessoas desconhecem tal condição, o que inviabiliza o tratamento precoce.

O país com maior número de portadores de diabetes é a China, com 92,3 milhões, seguida por Índia (63 milhões) e Estados Unidos (24,1 milhões).

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Retinopatia Diabética

Uma das principais complicações do Diabetes Mellitus, e que pode levar à cegueira, a retinopatia diabética provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a retina (parte de trás dos olhos, onde são registradas as imagens). Ela ocorre por conta do nível alto de açúcar no sangue, o que compromete esses pequenos vasos.

Calcula-se que até 80% dos pacientes que tenham diabetes há 25 anos ou mais sejam atingidos pela retinopatia.

Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando uma hemorragia que pode levar ao descolamento da retina e à perda da visão. Por isso, é fundamental que os portadores de diabetes façam exames específicos com o oftalmologista a fim de detectar precocemente a retinopatia.

Tipos

Existem dois tipos de retinopatia diabética, a não proliferativa e a proliferativa. A proliferativa, menos agressiva, pode provocar uma perda discreta e moderada da visão. Ela ocorre quando surgem pequenas hemorragias na retina, que provocam edemas. Tais edemas podem atingir a mácula, região da retina responsável pela visão central.

Já na proliferativa, ocorre o aparecimento de novos vasos sanguíneos, que surgem para substituir áreas da retina que perderam irrigação. Como são “anormais”, esses vasos se rompem com facilidade, podendo levar à perda total da visão por conta do descolamento da retina e hemorragias. Este tipo de retinopatia é menos comum, mas muito mais agressivo e prejudicial.

Diagnóstico

O diagnóstico de retinopatia deve ser feito por um oftalmologista. São feitos exames especializados como o do fundo de olho, mapeamento e angiografia da retina.

Como é uma doença de difícil percepção e que não provoca dores, é fundamental que todo diabético realize consultas oftalmológicas regulares. Tal cuidado deve ser redobrado entre os pacientes que tenham diabetes já há muitos anos. O mesmo vale para gestantes diabéticas, que devem fazer exames oftalmológicos a cada trimestre da gravidez.

Sintomas

Na grande maioria das vezes, não há sintomas. Havendo sangramento na retina podem surgir algumas manchas ou pontos escuros na visão. Em geral o sintoma mais comum é a vista embaçada.

Mas a perda visual pode ser um sintoma muito tardio, por isso o importante é não esperar.

Tratamento

Quando a doença já está instalada (em especial na fase proliferativa) o tratamento é feito com laser, conhecido como panfotocoagulação. Nesse tratamento, os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem oxigenação são fotocoagulados. Normalmente, são necessárias duas ou mais sessões de aplicação a laser. Caso haja hemorragia grave, pode ser necessário um procedimento cirúrgico chamado vitrectomia, para remover o sangue do olho.

Vale lembrar que o tratamento não restitui a perda visual, mas é eficaz para evitar o progresso da doença.

Como evitar

A retinopatia, assim como o diabetes, exige que o paciente adote hábitos saudáveis a fim de manter a glicemia sob controle. Parar de fumar, abandonar o sedentarismo e adotar uma dieta equilibrada são medidas fundamentais para evitar o surgimento ou o agravamento da doença.

O uso dos medicamentos necessários ao tratamento do diabetes e outras situações, como a pressão alta e o colesterol elevado, também é indicado.

E vale ressaltar a necessidade de consultas oftalmológicas regulares para todos os diabéticos, a fim de detectar qualquer alteração na visão precocemente.

 

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O que é diabetes

O Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose (açúcar presente no sangue) que   interfere na maneira como o organismo transforma a glicose em energia para ser aproveitada pelo corpo. A doença é causada pela falta ou dificuldade na ação insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas e que tem como função justamente quebrar as moléculas de glicose a fim de que sejam aproveitadas por todas as células do organismo.

A grande maioria dos alimentos que ingerimos é quebrado em partículas de glicose, que é o principal combustível para o corpo. A ausência (total ou parcial) da insulina interfere na queima e na transformação do açúcar em outras substâncias, como proteínas ou gorduras.

Após a digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea onde é utilizada pelas células para o crescimento e a produção de energia. A insulina é fundamental nessa transformação e o pâncreas produz este hormônio na quantidade exata para promover a transformação da glicose.

Entre os diabéticos, porém, o pâncreas produz pouca insulina ou as células não respondem da forma esperada à insulina gerada. Deste modo, o corpo perde sua principal fonte de combustível.

Existem três tipos de diabetes. Conheça todos eles.

Diabetes tipo 1 – Antigamente conhecido como diabetes insulino-dependente,. Nos portadores deste tipo de diabetes, o pâncreas não produz insulina o suficiente, pois as células sofrem a chamada destruição autoimune. Estes indivíduos precisam de injeções diárias de insulina a fim de manterem a glicose em níveis normais. Portanto, há risco de vida se as doses de insulina não forem aplicadas diariamente.

Embora possa ocorrer em qualquer idade, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens.

Diabetes tipo 2 – Corresponde a 90% dos casos da doença. Os casos mais frequentes ocorrem entre pessoas obesas com mais de 40 anos. Porém, também está se tornando comum entre os jovens devido aos maus hábitos alimentares, o sedentarismo e o estresse.

No tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas sua ação é prejudicada principalmente pela obesidade. É o que se define como resistência insulínica, uma das causas da hiperglicemia. Além disso, muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas e permanece por muitos anos sem diagnóstico ou tratamento, o que pode favorecer o surgimento de problemas no coração e no cérebro.

Diabetes gestacional – Este tipo de diabetes ocorre quando a taxa de glicose no sangue fica elevada durante a gravidez. Embora normalmente a glicose no sangue volte aos padrões normais após o parto, mulheres que apresentam diabetes gestacional têm maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2.

Sintomas

Calcula-se que até metade dos portadores de diabetes tipo 2 desconheçam serem vítimas da doença. Portanto, é importante estar atento a alguns sintomas e procurar um médico ou posto de saúde para fazer o exame.