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Diabéticos desafiam montanhas e provam que doença não impõe limites

Dois grupos de brasileiros provaram nos últimos meses que o diabetes mellitus está longe de ser sinônimo de temor e desânimo. Portadores de diabetes tipo 1, eles participaram da escalada de duas das maiores montanhas do mundo.

Ou seja, enfrentaram adversidades enormes até mesmo para pessoas “saudáveis” e não sofreram com os efeitos da doença, comprovando que a prática de atividades físicas, o bom conhecimento do próprio organismo e o acompanhamento médico são capazes de garantir a superação de qualquer desafio.

Vamos às façanhas. Em setembro, Alexei Caio e Marcelo Bellon integraram a “Expedição Kilimanjaro”. Explica-se: um grupo internacional de 11 alpinistas (entre eles Caio e Bellon), todos portadores de diabetes tipo 1, desafiou e venceu o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia – o ponto mais alto da África. Os 5.895 metros da montanha não intimidaram a expedição, que superou temperaturas negativas e o ar rarefeito para provar que o diabetes, devidamente controlado e acompanhado, não é obstáculo. No dia 6 de setembro, todos comemoraram a chegada ao topo da montanha.

Já entre outubro e novembro, outros quatro brasileiros Rodrigo Ferreira, Viviane Alano, Letícia Socoloski e Tomás Boeira participaram da expedição internacional “Diabéticos Sem Fronteiras”. Desta vez, o objetivo era desafiar nada menos que uma grande parte da subida do Monte Everest, ponto mais alto do mundo, com 8.843 metros de altitude.

O objetivo do grupo era chegar ao acampamento base da montanha, que fica a um altitude de 5.350m. Porém, devido ao mau tempo (e não ao diabetes, é bom que se diga), apenas Tomás Boeira, ao lado do espanhol Josu Feijoo, líder da expedição, chegaram ao local. Os outros três brasileiros pararam a um altitude de cerca de 5.000m, o que já é um feito e tanto, ainda mais sob forte nevasca.

Claro que tais façanhas exige longa preparação e a prática cotidiana de exercícios físicos de alta intensidade. Porém, com o conhecimento dos limites do corpo, a medição constante da taxa glicêmica e a reposição alimentar e hormonal adequada, tais aventureiros são um exemplo para todos.

Em especial para os que acompanham e se inspiram nos objetivos divulgados pela campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”. Parabéns!

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Combata a gordura abdominal para evitar o diabetes

O acúmulo de gordura abdominal, a famosa “barriguinha” ou “pneu” é inimiga da vida saudável. Como o assunto por aqui é diabetes, é importante deixar bem claro que tal tipo de gordura acumulada na região do abdome é grande responsável pelo surgimento do diabetes tipo 2.

Ou seja, a gordura abdominal prejudica o funcionamento do pâncreas, fazendo com que o corpo perca a capacidade de eliminar o excesso de açúcar no sangue.

Hoje em dia, os médicos calculam que o risco do desenvolvimento do diabetes é maior em mulheres com mais de 80cm de circunferência abdominal. Já entre os homens esta medida é de 94cm.

Para evitar o acúmulo de gordura na região do abdome, é fundamental a aliança entre dois hábitos: a prática de exercícios físicos e, claro, uma alimentação saudável. É o que reforça a campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Conforme mostrou pesquisa da Sociedade em parceria com o Ibope, a maioria das pessoas ainda acredita – erroneamente – que o diabetes é causado pelo consumo excessivo de açúcares.

Na verdade, a obesidade, aliada a fatores genéticos, são os maiores responsáveis pelo surgimento do diabetes tipo 2, que atinge milhões de pessoas no Brasil.

Combater a gordura abdominal, portanto, é passo fundamental não apenas para evitar o diabetes, como também manter a doença sob controle entre os que já são portadores.

Um prato equilibrado, com verduras, legumes, grãos e carnes grelhadas é um grande aliado no combate à gordura abdominal. Evitar o açúcar e alimentos muito gordurosos, além da prática de exercícios físicos regularmente também são medidas fundamentais.

Se você está com dificuldade para combater o acúmulo de gordura abdominal, procure ajuda de um endocrinologista e/ou nutricionista. Evite dietas sem acompanhamento médico, assim como a prática de exercícios intensos sem acompanhamento de um profissional.

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Verão pode ser aliado no combate ao diabetes. Mexa-se!

O verão é um pesadelo para os gulosos e os sedentários! Afinal, fica mais difícil arranjar desculpas para adiar a maior necessidade do controle adequado do diabetes: a mudança de valores! Ou seja, abandonar o sedentarismo e passar a adotar uma dieta leve e equilibrada são medidas obrigatórias.

Aproveite as temperaturas mais quentes para abandonar de vez os pratos gordurosos e os doces, ambos de difícil digestão e muito ruins para o bom controle da taxa de glicemia. Saladas, legumes e frutas da estação, em conjunto com carnes leves grelhadas são uma ótima pedida para o verão (e para o controle do diabetes!).

Claro que o consumo de carboidratos não precisa ser abandonado, mas lembre-se de preferir as massas integrais e de comer tais nutrientes com moderação. Havendo possibilidade, consulte um nutricionista e aproveite para aprender a contagem de carboidratos, fundamental para possibilitar uma dieta mais variada e saudável.

Quanto aos exercícios físicos, o importante também é saber dosá-los. Se você está começando a abandonar o sofá e a televisão, adote caminhadas leves, passeios de bicicleta ou algumas braçadas na piscina, sem exageros. Aos poucos, em especial após conversar com seu médico, vá intensificando os exercícios.

Já os iniciados e devidamente orientados pelo médico (nutricionista e treinador com experiência em atletas diabéticos são recomendados) pode aproveitar o tempo bom para a prática de corridas de rua ou longos passeios de bicicleta.

O importante é não ficar parado, e muito menos se entregar ao desânimo. O controle do diabetes pode ser sinônimo de mudança para hábitos que tragam mais alegria, contatos sociais e satisfação pessoal. Mude seus valores!

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Programa ‘Bem Estar’ tira dúvidas sobre o diabetes e cita o perigo da gordura abdominal

O programa “Bem Estar”, da Rede Globo, dedicou na última segunda-feira toda sua edição ao tema diabetes. Com a participação de endocrinologistas renomados, o programa abordou vários aspectos da doença que também vem sendo alertados pela campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”.

A necessidade de uma reeducação alimentar (a maneira como você se relaciona com as refeições), da adoção de exercícios  físicos e a atenção ao diagnóstico precoce foram temas muito abordados no “Bem Estar”. O programa deixou claro também que é um mito acreditar que apenas o grande consumo de açúcar causa o diabetes. O importante para evitar a doença é evitar o ganho de peso, a vida sedentária e ficar atento a fatores como genética (parentes próximos diabéticos).

Clique aqui e assista ao programa

Dentro destas abordagens, ficou claro que o ganho de gordura abdominal é um dos grandes fatores de risco para o surgimento do diabetes tipo 2. “Ganhar peso, em especial nesta área abdominal, pode levar ao diabetes”, afirmou o doutor Alfredo Halpern.

Por falar na campanha “Diabetes: Mude Seus Valores”, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o programa mostrou também uma importante ação do projeto: a presença de artistas-esportistas nas ruas alertando a população sobre a necessidade de atividades físicas.

Com o auxílio de uma fita métrica, voluntários mediram a circunferência abdominal e foram informados se estão ou não em grupos de risco. Vale lembrar que, independentemente de qualquer condição física ou genética, todas as pessoas a partir dos 40 anos devem fazer exames periódicos para se prevenir do diabetes.

Bastante amplo e abrangente, o programa alertou também sobre a necessidade do controle da doença a fim de evitar complicações de saúde, como problemas nos rins, nos olhos (retinopatia) e membros inferiores (pé diabético).

Maioria da população desconhece os benefícios de hábitos saudáveis no combate ao diabetes

A campanha “Diabetes – Mude Seus Valores” já começou, com um grande e nobre objetivo em mente: conscientizar a população de que a adoção de hábitos saudáveis é medida fundamental para a prevenção e o controle do diabetes.

O lançamento da campanha, dia 22 de outubro, foi marcado também pela divulgação de uma inédita pesquisa IBOPE encomendada pela Sociedade Brasileira de Diabetes. O resultado da pesquisa mostra que a maioria das pessoas (87%) ainda acredita que apenas evitar o consumo de açúcar é suficiente para evitar o diabetes tipo 2.

Segundo a SBD, tal percepção é um antigo mito e dificulta o tratamento. “Não existem alimentos que causem diabetes. O fator mais relevante é a obesidade. Uma alimentação inadequada predispõe o desenvolvimento da doença”, explicou Luiz Turatti, vice-presidente da SBD e coordenador da campanha. “Os carboidratos são a fonte principal de energia, mas há os bons e os ruins. O açúcar refinado é considerado de absorção rápida e não é recomendado. Uma fatia de pão integral, por outro lado, não eleva a glicemia de maneira tão brusca”, disse.

Como diz o tema da campanha (Diabetes – Mude Seus Valores), o fundamental para evitar e controlar o diabetes é cuidar da alimentação, praticar atividade física e parar de fumar. O problema é que tais hábitos ainda não são reconhecidos pela população como medidas para prevenir o diabetes tipo 2. Apenas 28% dos entrevistados relacionaram atividades esportivas ao controle da doença e 72% não identificaram o tabagismo como fator de risco.

A pesquisa ouviu 1.106 pessoas, de 18 a 60 anos, em seis capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Recife).

Embora tais mudanças de hábitos ainda sejam desconhecidas no tratamento da doença, os entrevistados reconhecem a gravidade do diabetes. A maioria (93%) declarou saber que a doença pode levar à morte e 70% disseram que a doença não tem cura. As formas de tratamento mais citadas foram dieta alimentar (65%), uso de medicamentos (53%) e de insulina (45%).

“Pesquisas mostram que a mudança de estilo de vida para pessoas com tendência ou com pré-diabetes é o que mais contribui para que não haja progressão da doença”, destaca o presidente da SBD, Balduino Tschiedel.
Entre as consequências mais comuns da doença, a amputação foi relatada por 91% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a cegueira (89%) e problemas de circulação (79%). “Essa é a principal causa de novos casos de cegueira em pessoas com 20 a 74 anos. E pelo menos 50% das amputações de membros inferiores são resultado da doença”, informou Tschiedel. O diabetes também, aumenta de duas a quatro vezes o risco de um acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, entre 2000 e 2010, o transtorno matou mais de 470 mil pessoas. Atualmente, são mais de 13,4 milhões de pessoas com diabetes do tipo 2, especialmente pessoas obesas acima de 40 anos. Nesse tipo de diabetes, que corresponde a 90% dos casos, há insulina, porém a ação é dificultada pela obesidade.
Pessoas com histórico familiar de diabetes, que tenham uma vida sedentária, que já apresentem sobrepeso ou obesidade e mulheres que tenham tido diabetes na gestação fazem parte do grupo de risco. A doença costumar apresentar poucos sintomas, por isso muitos portadores desconhecem essa condição. Entre os sintomas mais comuns estão urinar excessivamente, muita sede, aumento do apetite, perda de peso, cansaço, vista embaçada e infecções frequentes.

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Corridas de rua e até maratonas estão abertas aos diabéticos. Basta tomar os devidos cuidados

São cada vez mais numerosos os relatos de corredores de rua, e até maratonistas, que possuem diabetes tipo 1 ou 2. A adoção do esporte os ajuda não apenas a controlar a doença, como também a conhecer melhor o próprio corpo e suas necessidades em diferentes momentos.

O diabético que gosta de correr deve, em primeiro lugar, consultar o médico a fim de obter orientação quantos aos cuidados com a glicemia. Um nutricionista e um educador físico também são bem-vindos, uma vez que vão saber dosar a alimentação e o exercício em dias de treinos e provas.

Os esportistas mais experientes relatam que têm sempre à mão doses de insulina, carboidrato em gel e o aparelho para medir a taxa de glicemia. Por falar nisso, a medição deve ser feita antes, durante e depois das provas.

Com o tempo à medida que o corpo vai se acostumando com a rotina de treinos, a alimentação, hidratação e necessidade de reposição de insulina e glicose vão se ajustando. Quanto à alimentação, frutas e carboidratos complexos são os mais indicados.

São grandes as ofertas de corridas de rua, em especial as de revezamento, que possuem distâncias menores e que, portanto, são ótimas para o início desta nova atividade. Algumas destas provas, inclusive, têm grupos de diabéticos constantes e fiéis.

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Confira dicas de atividades físicas que auxiliam no controle de diabetes

Sabe-se que praticar exercícios físicos regularmente é fundamental para o controle de diabetes e de outras condições associadas, como a obesidade e a hipertensão. E o mais importante é que muitas dessas atividades podem ocorrer em meio às tarefas diárias. Por exemplo: subir escadas, cuidar do jardim, caminhar até o trabalho ou mesmo dançar são exemplos de atividades físicas que trazem benefícios ao organismo.

O importante é adotar uma rotina. Para garantir melhorias, as atividades físicas devem ser realizadas por 40 a 60 minutos, de três a quatro vezes por semana.

Já a prática esportiva moderada é de fato ainda mais recomendada. Andar rapidamente, pedalar, nadar ou fazer hidroginástica são boas sugestões.

Mas, atenção. Antes de adotar a prática esportiva, é fundamental consultar o médico que acompanha o tratamento de diabetes. E, se você tiver mais de 40 anos, for hipertenso ou obeso, também deve consultar um cardiologista antes de começar a se exercitar.