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Brasil é o quarto país com maior número de portadores de diabetes no mundo

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o Brasil possui 13,4 milhões de portadores de diabetes entre os 20 e os 79 anos de idade. Isso faz do país o quarto do mundo com maior prevalência da doença. Os dados fazem parte da mais recente edição do Atlas da entidade, divulgado no final de 2012.

Ainda segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes, no mundo todo são quase 400 milhões de pessoas com a doença na mesma faixa etária e a tendência é de crescimento. Infelizmente, segundo os dados divulgados, 50% dessas pessoas desconhecem tal condição, o que inviabiliza o tratamento precoce.

O país com maior número de portadores de diabetes é a China, com 92,3 milhões, seguida por Índia (63 milhões) e Estados Unidos (24,1 milhões).

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Escola deve estar preparada para receber crianças e jovens portadores de diabetes

Pais de crianças ou adolescentes portadores de diabetes precisam de amparo da escola para ficar tranquilos enquanto o filho frequenta as aulas. A medição da taxa de glicose, a reposição alimentar adequada ou a aplicação de insulina muitas vezes precisam ocorrer no ambiente escolar.

Infelizmente, como não existe uma regulamentação que exige tais cuidados da escola para com alunos diabéticos, há relatos de estabelecimentos que se esquivam de tal responsabilidade e até mesmo evitam aceitar matrículas de crianças e jovens com diabetes. Medida essa que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Já quanto às escolas que aceitam alunos diabéticos, muitas vezes a dificuldade se dá pela falta de um local adequado para os cuidados especiais (medição da glicose e aplicação da insulina) e/ou de profissionais treinados e capacitados para oferecer orientação à criança ou jovem.

De acordo com dados do projeto DAWN Youth no Brasil, pais de quatro em cada dez jovens relatam que a diabetes impactou o rendimento escolar dos filhos. Por conta da doença, estes jovens faltam às aulas em média uma vez a mais por mês do que o restante dos alunos. Já 10% dos estudantes relatam já ter sentido algum tipo de discriminação no ambiente escolar.

Pensando em melhorar tal situação, a Sociedade Brasileira de Diabetes criou o site Colega Diabético, com informações e dicas sobre tal condição.
(http://www.diabetesnasescolas.org.br/ )

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Retinopatia Diabética

Uma das principais complicações do Diabetes Mellitus, e que pode levar à cegueira, a retinopatia diabética provoca lesões definitivas nas paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a retina (parte de trás dos olhos, onde são registradas as imagens). Ela ocorre por conta do nível alto de açúcar no sangue, o que compromete esses pequenos vasos.

Calcula-se que até 80% dos pacientes que tenham diabetes há 25 anos ou mais sejam atingidos pela retinopatia.

Com o tempo, a doença se agrava e os vasos podem se romper, caracterizando uma hemorragia que pode levar ao descolamento da retina e à perda da visão. Por isso, é fundamental que os portadores de diabetes façam exames específicos com o oftalmologista a fim de detectar precocemente a retinopatia.

Tipos

Existem dois tipos de retinopatia diabética, a não proliferativa e a proliferativa. A proliferativa, menos agressiva, pode provocar uma perda discreta e moderada da visão. Ela ocorre quando surgem pequenas hemorragias na retina, que provocam edemas. Tais edemas podem atingir a mácula, região da retina responsável pela visão central.

Já na proliferativa, ocorre o aparecimento de novos vasos sanguíneos, que surgem para substituir áreas da retina que perderam irrigação. Como são “anormais”, esses vasos se rompem com facilidade, podendo levar à perda total da visão por conta do descolamento da retina e hemorragias. Este tipo de retinopatia é menos comum, mas muito mais agressivo e prejudicial.

Diagnóstico

O diagnóstico de retinopatia deve ser feito por um oftalmologista. São feitos exames especializados como o do fundo de olho, mapeamento e angiografia da retina.

Como é uma doença de difícil percepção e que não provoca dores, é fundamental que todo diabético realize consultas oftalmológicas regulares. Tal cuidado deve ser redobrado entre os pacientes que tenham diabetes já há muitos anos. O mesmo vale para gestantes diabéticas, que devem fazer exames oftalmológicos a cada trimestre da gravidez.

Sintomas

Na grande maioria das vezes, não há sintomas. Havendo sangramento na retina podem surgir algumas manchas ou pontos escuros na visão. Em geral o sintoma mais comum é a vista embaçada.

Mas a perda visual pode ser um sintoma muito tardio, por isso o importante é não esperar.

Tratamento

Quando a doença já está instalada (em especial na fase proliferativa) o tratamento é feito com laser, conhecido como panfotocoagulação. Nesse tratamento, os vasos sanguíneos neoformados e as áreas sem oxigenação são fotocoagulados. Normalmente, são necessárias duas ou mais sessões de aplicação a laser. Caso haja hemorragia grave, pode ser necessário um procedimento cirúrgico chamado vitrectomia, para remover o sangue do olho.

Vale lembrar que o tratamento não restitui a perda visual, mas é eficaz para evitar o progresso da doença.

Como evitar

A retinopatia, assim como o diabetes, exige que o paciente adote hábitos saudáveis a fim de manter a glicemia sob controle. Parar de fumar, abandonar o sedentarismo e adotar uma dieta equilibrada são medidas fundamentais para evitar o surgimento ou o agravamento da doença.

O uso dos medicamentos necessários ao tratamento do diabetes e outras situações, como a pressão alta e o colesterol elevado, também é indicado.

E vale ressaltar a necessidade de consultas oftalmológicas regulares para todos os diabéticos, a fim de detectar qualquer alteração na visão precocemente.

 

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Exames e testes

Um exame conhecido como Glicemia de Jejum é o mais utilizado para medir o nível de glicose no sangue e diagnosticar o diabetes. Trata-se de um exame do sangue venoso e é realizado após o paciente passar ao menos 8 horas sem se alimentar.

No dia anterior ao exame e até o início do jejum, o indivíduo deve manter a alimentação normal. Porém, é recomendado evitar a ingestão de álcool e de cafeína, assim como a prática de exercícios físicos intensos. É importante informar o médico sobre a ingestão de remédios no período, já que muitos medicamentos podem interferir nos resultados. E, claro, não se deve fumar durante o período que antecede o começo do jejum até a realização do exame.

Se a taxa de glicose no sangue em jejum não for a adequada – 100 -125 mg/dl -, o paciente é portador de glicemia de jejum alterada (pré-diabetes).

Valores de glicemia de jejum maiores a partir de 126 mg/dl, repetidos em uma nova amostra, confirmam o diagnóstico de Diabetes.

Neste caso, pode se tornar necessário a realização de um exame conhecido como Teste Oral de Tolerância à Glicose.

O Teste Oral de Tolerância à Glicose (também conhecido como Curva Glicêmica) é feito da seguinte maneira: a pessoa com suspeita de diabetes ingere 75g de glicose diluída em água. Após duas horas de espera, é feita a coleta de sangue para medir a taxa de glicose. Se o resultado for igual ou superior a 200mg/dl (miligramas por decilitro), o indivíduo é considerado portador de diabetes. Se a glicemia estiver entre 140mg/dl e 199mg/dl, então o diagnóstico é de pré-diabetes.

Há também o Teste Oral para Gestantes, importante para todas as mulheres grávidas acima de 25 anos – mesmo que não obesas e sem histórico de diabetes na família. Este exame é realizado entre a 24ª e a 28ª semana de gestação e consiste na ingestão oral de uma sobrecarga de glicose.

 

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Tratamentos

Embora não exista cura comprovada para o diabetes, é possível levar uma vida normal e manter os sintomas sob controle adotando medidas simples.

Os pacientes de diabetes 1 e 2 devem seguir hábitos saudáveis, tais como uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos.

A atividade física regular é muito importante para manter a taxa de açúcar no sangue controlada e evitar o ganho de peso. Porém, é preciso tomar cuidado, em especial, entre os pacientes de diabetes tipo 1. Isso porque pessoas deste grupo podem apresentar níveis de glicemia muito baixos (hipoglicemia), condição na qual devem evitar exercícios muito intensos. O mesmo vale para quando o nível de glicemia está muito elevado.

O ideal, portanto, é combinar com o médico a frequência e as condições ideais para a prática de esportes, privilegiando sempre exercícios mais leves.

A alimentação deve ser balanceada e saudável, a fim de promover o equilíbrio do metabolismo. Os carboidratos simples (açúcares) podem ser utilizados com muito cuidado. Já os carboidratos complexos (massas e pães, de preferência integrais) devem compor as refeições ao lado de proteínas (carnes pouco gordurosas) e muitas fibras (frutas, legumes e verduras).

Frituras e bebidas alcóolicas não são recomendadas, em particular, entre os pacientes obesos.

Além dos cuidados citados acima, há ainda a necessidade de medicação e/ou reposição de insulina. Todos os pacientes de diabetes tipo 1 (mas nem todos de diabetes tipo 2) necessitam de doses diárias deste hormônio.

Existem diversos tipos de insulina, assim como diferentes maneiras de aplicação no corpo. O médico irá orientar o paciente como escolher o tipo mais adequado.

É fundamental acompanhar de perto o nível de glicose na corrente sanguínea. Para isso são utilizados aparelhos de fácil manuseio, conhecidos como glicosímetros. A ajuda do especialista é crucial para orientar o paciente na montagem de um cronograma de testes a fim de manter as taxas sob controle.

Já para os portadores de diabetes tipo 2 existem várias classes de medicamentos. É fundamental definir o melhor tratamento ao lado de um médico, pois os medicamentos possuem diferentes modos de ação no  organismo, assim como, podem causar diferentes efeitos colaterais.